AFROPUNK Bahia: Segundo dia de festival deixa gostinho de quero mais

Como informamos no review do sábado, o AFROPUNK Bahia foi a primeira cobertura do Anota o Som. E depois de um dia repleto de shows incríveis, cheguei no Parque de Exposições com altas expectativas que – spoiler – foram ultrapassadas!

O domingo de AfroPunk foi mais um dia chuvoso em Salvador, mas para a felicidade de quem ia curtir esse dia de festival, não teve chuva. Pelo menos não nas primeiras horas de shows, mas voltaremos para isso depois. Às 18h, no Palco Agô, DJ Tamy começava o aquecimento para as próximas onze atrações do dia.

No Palco Agô, espaço que enalteceu a música independente, se apresentaram Young Piva, Performance Radiante, N.I.N.A, Rayssa Dias e Ministereo Público Sound System, atrações que não esfriaram o público nos intervalos dos shows do palco principal, o Gira, onde acampamos no sábado e domingo, e iremos resenhar um pouco sobre as atrações de lá.

Mart’nália foi a primeira a subir no Palco Gira e não poderia ter começado melhor! Iniciando sua apresentação com “Don’t Worry Be Happy”, a artista chegou dando um show com seu samba e seus vocais incríveis. Ao som de “Cabide”, Mart’nália dividiu o palco com Larissa Luz, que brilhou desde sua entrada até o fim do show. Além de grandes sucessos da sambista, a apresentação também foi uma homenagem a Nelson Rufino, que também subiu ao palco e, juntos, o trio cantou sucessos do artista como “Tempo Ê”, “Todo Menino É Um Rei” e “Uma Prova de Amor”. Definitivamente foi um espetáculo! Misturou a falta de chuva e os grandes (e animados) sucessos dos sambistas, e o resultado foi um público bastante animado ainda no início da noite.

Em seguida, o duo de irmãos colombianos, Dawer x Damper chegaram agitando o público com seu som afro-futurista e latino-americano sucessos do mais novo disco do duo “DONDE MACHI”, como “SUAVE” e “TRANZA”. Com muita energia e dancinhas coreografadas, o duo certamente conquistou quem ainda não conhecia suas músicas, inclusive esta autora aqui, que mais uma vez foi conquistada e diria que vale a pena escutar os colombianos.

Agora posso dizer que chegamos na parte das atrações mais esperadas da noite. A empolgação do público era contagiante e ao coro que berrava “Baco, gostoso!”, Baco Exu do Blues iniciou sua apresentação. E que ínicio arrepiante! “Sinto Tanta Raiva…”, faixa que abre o aclamado disco QVVJFA?, também abriu o show de Baco no AfroPunk. Era perceptível que o artista estava completamente entregue ao seu som e, claro, o público também estava! Junto a Baco, todo mundo cantou todas as músicas que passavam por todas as eras do cantor até aqui: músicas dos discos “ESÚ”, “Bluesman” e “QQVJFA? embalaram toda a plateia. Baco também colocou em evidência suas backing vocals que também deram um show com seus vozeirões, como a cantora Mirella Costa que fez uma homenagem à Gal Costa cantando “Força Estranha”. Um momento emocionante! Baco entregou um dos melhores shows dessa edição do festival e me fez entender porque todo o Parque de Exposições estava louco para assisti-lo.

Ainda falando sobre as atrações mais esperadas, a próxima a subir ao Palco Gira, era a gigante Ludmilla. Se todo aquele pessoal já estava enlouquecido pelo show de Baco, para o show de Lud não foi diferente. Porém, minutos antes da cantora subir ao palco começou a tão temida chuva. Além de mais forte que no dia anterior, não parou por um segundo desde que a artista subiu ao palco. Mas se você está pensando que isso tirou a empolgação das milhares de pessoas que estavam lá, não se engane, estamos falando de Ludmilla.

Chegando já com hits como “Favela Chegou”, “Rainha da Favela” e “Verdinha”, a artista mostrou que a chuva não ia atrapalhar o show. “Que delícia de recepção! Toda vez que eu venho nesse lugar [Salvador] é uma maravilha. Vem com chuva, mas… Toda vez que eu venho pra cá tá chovendo! É comigo? É pessoal?!”, brincou. Além dos seus hits do funk, é claro que tivemos um momento LudSession e Numanice, né? Cantou clássico medley com Gloria Groove, que apesar de seus 9 minutos, todo mundo sabe cantar (e chorar um pouco) junto e “Maldivas“, com a participação se sua “musa inspiradora“, Bruna Gonçalves.

Que Ludmilla adora preparar surpresas no palco, quem frequenta seus shows sabe, e é claro que no AfroPunk ela não deixaria essa oportunidade passar. Liniker, que tocou no dia anterior e também participou do Numanice Salvador em julho, chegou para cantar com Ludmilla “Não Quero Mais”, antigo sucesso da cantora – mais música para chorar e sofrer – e “Baby 95” de Liniker. Ambas receberam Grammy Latino este ano e comemoraram juntas no palco. O bom é que em show de Ludmilla você chora e dança, para isso teve mais surpresa! A baiana Alanna Sarah, mais conhecida como A Dama, subiu ao palco e cantou seu hitSoca Fofo”.

O show terminou lá pras 00h30 e, apesar de ainda ter ÀTTØØXXÁ & Karol Conká e A Dama & MC Carol, segunda é dia de acordar cedo e depois de tanta chuva, estava na hora de finalizar a cobertura.

O AFROPUNK Bahia já havia acontecido em 2021, mas em um espaço menor e ainda com algumas restrições devido à pandemia, a edição deste ano foi diferente, maior e repleta de experiências incríveis e grandes shows. Definitivamente deixou um gostinho de ‘quero mais’ assim que acabou. Por aqui, já estamos prontos para a próxima!

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