AFROPUNK Bahia: Impressões sobre o primeiro dia de festival

No sábado, 26 de novembro, os palcos do AfroPunk receberam grandes nomes da música preta como Margareth Menezes, Liniker e Emicida.

Devo começar esse texto informando que o AFROPUNK Bahia foi onde o Anota o Som fez sua primeira cobertura. Este foi também o primeiro grande festival de quem vos escreve. Ou seja, um fim de semana repleto de novas experiências.

O evento aconteceu no Parque de Exposições de Salvador, onde esta autora aqui também nunca havia assistido um show antes. Assim que cheguei, fiquei impressionada com a estrutura do festival. Stands espalhados por todo parque, com vários espaços instagramáveis, ativações divertidas como polaroids, espaços para fazer penteados e maquiagens e, claro, o clássico black carpet.

Com shows divididos em dois palcos: Palco Agô, que neste primeiro dia recebeu DJ Tammy, Baile Favellê, Performance Radiante, Nic Dias, Yan Cloud e Paulilo Paredão; e o Palco Gira, onde ficamos acampados nos dois dias e onde nossa resenha a seguir será situada.

Quando cheguei, a chuva chegou comigo. Têm sido dias chuvosos em Salvador. DJ Tammy estava no Palco Agô com um set delicioso para aquecer o público. Ainda em meio à chuva, a banda de rock Black Pantera tomou o Palco Gira e agitou quem estava lá para ver a banda. Mas por ser a segunda atração da noite e pelo tempo ruim, não tiveram a quantidade de público merecida.

Em seguida, Margareth Menezes e banda Didá apresentaram grandes sucessos do axé de Margareth. “Eu falei faraó! Ê faraó!”. Agora já sem chuva, ninguém ficou parado ao escutar os tambores da banda Didá harmonizando com o potente vocal de Margareth. Foi um grande show!

Falando em grande show, a mais nova ganhadora do Grammy Latino, Liniker, entrou no palco ovacionada pelo público e entregou uma apresentação brilhante. Abrindo o show com a energética “Antes de Tudo“, tocou sucessos como “Baby 95” – que levou o público (eu) a loucura – e “Intimidade“, do grupo Liniker e os Caramelows. Em “Lili“, a artista alterou a letra “Lili is a girl, almost twenty-five” para “Lili is a girl, now she is Grammy Winner“, comemorando sua vitória na grande premiação Latina.

O artista jamaicano-americano Masego também encantou o público que não o conhecia, isso eu posso afirmar com propriedade, pois não conhecia o som dele. Masego brilhou do início ao fim, com sua belíssima voz e tocando seu saxofone. A interação com o público conquistou corações, já que ele usou e abusou do português o tempo todo, além de jogar rosas para a plateia. Sei que no dia seguinte, adicionei algumas músicas dele à minha playlist e, desde então, não paro de ouvir.

À meia noite, eu já estava pensando que era hora de ir embora, mas às 00h50 Emicida entraria no palco e eu não poderia perder, pelo menos o início, desse show. Junto com o rapper, voltou a chuva, mas é claro que isso não desanimou nem um pouco quem estava ali para vê-lo. Emicida era, definitivamente, uma das atrações mais esperadas do festival e o artista fez jus à isso. Seu show envolveu toda a plateia que cantava e se emocionava com ele, e bem de frente pro palco, pude curtir “É Tudo Pra Ontem”, “A Ordem Natural Das Coisas” e “Quem Tem Um Amigo (Tem Tudo)”. Um início de show impecável, sem tirar nem pôr.

Fui embora quando ainda ia rolar shows de Psirico e Paulilo Paredão, tudo isso das 02h às 05h da manhã e como no dia seguinte ainda tinha mais, saí do Parque de Exposições ao som de “Baiana“, uma das melhores de Emicida. Pelo menos para mim. Contei sobre o segundo dia em outro texto, vem cá!

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