“Disco e Progresso” é o nome do quarto álbum de Da Cruz. Lançado em 2014, o disco ficou sumido no Brasil por anos por conta de um mal entendido na distribuição digital.
A faixa “Bola da Discoteca” abre o disco com uma melodia envolvente e um groove delicioso. A música oscila entre Baile Charme e Kraftwerk, sendo uma ótima escolha de abertura para um álbum.
SOBRE A ARTISTA
Radicada na Suíça há mais de uma década, Mariana Da Cruz ou apenas Da Cruz leva a música brasileira contemporânea para palcos de Montreal a Montreux, Londres, Paris e Nova York.
Além disso, ela não apenas representa a nossa música lá fora, mas também é conhecida pelo trabalho na difusão da cultura afro-brasileira. Seu som é direto e político, abordando temas como racismo e violência contra mulheres. Nesse sentido, o quarto álbum da artista, com 21 faixas, é uma jornada eletroacústica que mistura disco, funk, afrobeat, dub e hip hop – uma verdadeira explosão dançante que reflete um Brasil cheio de contrastes: entre revolução e resignação, raiva e alegria, esperança e desespero.
A carreira de Da Cruz começou em 2005, quando ela foi para Portugal e virou cantora de bossa nova. Foi lá que conheceu Ane H., produtor suíço e fundador do Swamp Terrorists. Juntos, misturaram a voz poderosa de Da Cruz com beats eletrônicos cheios de groove e letras em português.
Filha de uma trabalhadora rural e de um cozinheiro, a artista nasceu e cresceu em Paranapanema, interior de São Paulo. A paixão pela música veio do rádio, influenciada pela mãe, que cantava muito bem. Aos 16 anos, ela se mudou para Campinas para trabalhar e tentar a sorte como cantora.
Depois de se cansar da bossa nova, Da Cruz foi para a Europa. Desde então, há 14 anos, ela não abre mão de cantar em português, mesmo quando os contratantes pedem inglês.
“Não é fácil criar um mercado com o português na música internacional, mas o que posso fazer? É a língua mais bonita do mundo, como disse Saramago. Nos shows, eu converso com o público em inglês ou alemão e explico o que as músicas significam. Assim, eles percebem que fugimos dos clichês sobre o Brasil“, afirma.