Ninho: um EP que te apresenta Paloma da melhor forma possível

Sou apaixonada por música, mas se tem uma coisa que faz meu olho brilhar é um trabalho (principalmente EP ou álbum) com um conceito diferente. E é exatamente isso que Paloma traz no seu primeiro EP, “Ninho”.

Em três faixas, a artista apresenta um cômodo de uma casa subjetiva, convidando o ouvinte a um passeio íntimo por sua musicalidade. Genial, não é? Também achei! Todas as músicas são autorais, pois além de interpretar, Paloma também compõe muito bem, inclusive.

Começando pela sala, ou melhor, “Ninho”. A faixa-título do EP representa o espaço de chegada, onde tudo começa, afinal quando entramos numa casa, o primeiro cômodo que costumamos entrar é a sala. Ouvindo essa primeira canção, já me vem uma sensação de acolhimento que causa aconchego no coração e dá vontade de passar mais tempo nessa casa e voltar. Isso já na primeira faixa, imagina o resto?!

Varal” nos leva ao quarto, lugar de intimidade e vulnerabilidade, onde se revela o que normalmente permanece escondido. E, realmente, você consegue ouvir um som mais íntimo, mais lento. Essa é a única faixa que Paloma contou com uma parceria na composição, foi com o músico angolano Gerson.

O EP chega ao fim em Pequeno Coração”, a minha favorita! Nossa tour pela casa subjetiva de Paloma termina na cozinha. Espaço que para a artista, simboliza afeto, memória e o compartilhar. A cozinha é conhecida por ser o coração de uma casa e acho que a música traduz isso perfeitamente. É daqueles sons que a gente ouve quando tá passando um café ou cozinhando pela manhã. 

Para resumir, mais que um EP, “Ninho” é um convite para você conhecer a sonoridade de Paloma: um indie pop sensível, que soa como aconchego de um lar. Sério, escute e sinta-se em casa.

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